GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES NO TURISMO: A REALIDADE DE BLUMENAU, SC

Marialva Tomio Dreher, Dilson Tomio
DOI: https://doi.org/10.5329/RECADM.20040302008

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Artigo

Resumo

A maioria das empresas familiar possui cultura organizacional baseada nos valores da família proprietária. Embora perfeitamente controlável, o clima organizacional torna-se disperso, considerando que muitas vezes os negócios atravessam a fronteira da empresa e avançam à casa dos responsáveis, confundem-se as atribuições e responsabilidades dos membros da família e da empresa. Nesse sentido, este estudo visa analisar o perfil das empresas familiares do setor turístico de Blumenau, SC. Os procedimentos metodológicos foram pesquisas bibliográficas, seguidas de um estudo de caso. Para a coleta de dados, o instrumento escolhido foi a entrevista. Foram entrevistadas 101 empresas familiares dentro de uma amostra de 134 para um universo de 211 empresas. Através do resultado da pesquisa, pode-se traçar o seguinte perfil genérico das mesmas: a) A maioria das empresas é de pequeno e médio porte; b) estas organizações não planejam suas gestões e apresentam uma forma de tomada de decisão reativa, não se antecipando às mudanças do mercado; c) não possuem uma estrutura formal de poder e responsabilidades; d) apresentam estrutura organizacional centralizada; e) não controlam sua área financeira e quando o fazem, normalmente delegam a seus contadores; f) não encontram dificuldades na administração de recursos humanos; g) não delegam funções e decisões, conseqüentemente não trabalham em equipe e, h) preferem a remuneração por função – salário fixo – em detrimento a remuneração por mérito – salário variável – de seus funcionários. Pode-se concluir que são estruturas centralizadoras e pouco empreendedoras. Portanto, para tornarem-se mais competitivas é necessário rever suas atuais práticas de gestão. É importante que todos os agentes responsáveis pelo desenvolvimento do turismo – governo, empresas turísticas, escolas, instituições de apoio ao setor e comunidade – percebam esta realidade e direcione seus esforços ou maior parte deles, para o auxílio às empresas familiares turísticas e às pequenas empresas do setor.

 


Palavras-chave

Gestão familiar; Empresas de Serviços Turísticos; Blumenau


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