Análise do discurso e seu uso nos estudos organizacionais: estudo dos contextos de citação de Phillips, Lawrence e Hardy

Samir Adamoglu de Oliveira, Luciana Godri, Mayla Cristina Costa, Edson Ronaldo Guarido Filho
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2016004

Texto completo:

Artigo Apêndice

Resumo

O artigo tem como objetivo avaliar a apropriação do modelo de análise discursiva de Philips, Lawrence e Hardy (2004) pelo campo dos estudos organizacionais. Por meio de levantamento bibliométrico de trabalhos citantes e da análise qualitativa dos contextos de citação, o artigo descreve (i) a maneira como ele foi empregado empiricamente em pesquisas, (ii) a quais objetos de estudo ele foi aplicado, (iii) em quais áreas temáticas seu emprego se deu, e (iv) sua repercussão por diferentes vertentes teóricas que fizeram uso deste modelo analítico. Tendo sido um dos primeiros trabalhos a considerar a possibilidade de uma análise do discurso no terreno institucionalista dos estudos organizacionais, após 10 anos desde sua publicação, os resultados mostram sua perenidade como fundamento meta-teórico na discussão sobre o tema. Com base nisso, o presente artigo propõe ainda um modelo teórico-metodológico para nortear futuras discussões sobre o papel do discurso na (re)produção do tecido institucional.

 


Palavras-chave

Análise do discurso; Discurso; Instituições; Contextos de citação


Compartilhe


Referências


Astley, W. G. (1985). Administrative Science As Socially Constructed Truth. Administrative Science Quarterly, 30(4), 497-513.

Bardin, L. (2010). Análise de Conteúdo (4 Ed.). Lisboa: Edições 70.

Berger, P. L., & Luckmann, T. (2003). A Construção Social da Realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis: Editora Vozes.

Bishaw, S. B. (2008). Instituti Institutional strategies towards improving health information systems (HIS) in Sub-Saharan Africa, 282, 191–207.

Corley, K. G., & Gioia, D. A. (2011). Building theory about theory building: what constitutes a theoretical contribution? Academy of Management Review, 36(1), 12–32.

Czarniawska, B., & Joerges, B. (2010). Travels of Ideas. In Translating Organizational Change (Vol. 13, pp. 13–48). Berlin.

Erikson, M. G., & Erlandson, P. (2014). A taxonomy of motives to cite. Social Studies of Science, 44(4), 625–637.

Fairclough, N. (2001). Discurso e Mudança Social. Brasília: Editora da UnB.

Flick, U. (2009). Qualidade na Pesquisa Qualitativa. Porto Alegre: Artmed.

Greenwood, R., Raynard, M., Kodeih, F., Micelotta, E. R., & Lounsbury, M. (2011). Institutional Complexity and Organizational Responses. The Academy of Management Annals, 5(1), 317-371.

Khaire, M., & Wadhwani, R. D. (2010). Changing Landscapes : The Construction of Meaning and Value in a New Market Category — Modern Indian Art. Academy of Management Journal, 53(6), 1281–1304.

Lammers, J. C., & Garcia, M. A. (2014). Institutional Theory. In L. L. Putnam & D. K. Mumby (Orgs.). The SAGE handbook of organizational communication: advances in theory, research, and methods (3 Ed.) (pp. 195–216). London, Thousand Oaks: Sage.

Lok, J., & Willmott, H. (2006). Dialogue – Institutional theory, language and discourse analysis: a comment on Phillips, Lawrence and Hardy. Academy of Management Review, 31(2), 477-480.

Liu, S., Chen, C., Ding, K., Wang, B., Xu, K., & Lin, Y. (2014). Literature retrieval based on citation context. Scientometrics, 101(2), 1293–1307.

Merton, R. K. (1996). On social science and science. Chicago: University of Chicago Press.

Micelotta, E. R., & Washington, M. (2013). Institutions and Maintenance: The Repair Work of Italian Professions. Organization Studies, 34(8), 1137–1170.

Phillips, N., Lawrence, T. B., & Hardy, C. (2004). Discourse and institutions. Academy of Management Review, 29(4), 635-652.

Phillips, N., Lawrence, T. B., & Hardy, C. (2006) Dialogue – Discussing "Discourse and institutions": a reply to Lok and Willmott. Academy Management Review, 31(2), 480-483.

Phillips, N., & Malhotra, N. (2008). Taking social construction seriously: Extending the discursive approach in institutional theory. In R. Greenwood, C. Oliver, K. Salin, & R. Suddaby (Eds.), The SAGE handbook of organizational institutionalism (pp. 702–720). London: Sage.

Phillips, N., & Oswick, C. (2012). Organizational Discourse: Domains, Debates, and Directions. The Academy of Management Annals, 6(1), 435–481.

QSR International (2011). NVivo Pro. Version 9.2: QSR International Pty Ltd. 1 CD-ROM.

Ribeiro Palacios, M., Huber-Sannwald, E., García Barrios, L., Peña de Paz, F., Carrera Hernández, J., & Galindo Mendoza, M. D. G. (2013). Landscape diversity in a rural territory: Emerging land use mosaics coupled to livelihood diversification. Land Use Policy, 30(1), 814–824.

Seal, W. (2010). Managerial discourse and the link between theory and practice: From ROI to value-based management. Management Accounting Research, 21(2), 95–109.

Sidani, Y., & Showail, S. (2013). Religious discourse and organizational change: Legitimizing the stakeholder perspective at a Saudi conglomerate. Journal of Organizational Change Management, 26(6), 931–947.

Silverman, D. (2009). Interpretação de dados qualitativos: métodos para análise de entrevistas, textos e interações (3 Ed.). Porto Alegre: Artmed.

Stassen, K. R., Gislason, M., & Leroy, P. (2010). Impact of environmental discourses on public health policy arrangements: a comparative study in the UK and Flanders, (Belgium). Public Health, 124(10), 581–92.

Vaast, E., Davidson, E. J., & Mattson, T. (2013). Talking About Technology: The Emergence of a New Actor Category Through New Media. MIS Quarterly, 37(4), 1069–1092.

Zilber, T. B. (2011). Institutional Multiplicity in Practice : A Tale of Two High-Tech Conferences in Israel. Organization Science, 22(6), 1539–1559.




Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.