UMA ANÁLISE DA COMUNICAÇÃO MÃE-BEBÊ EM ROUSSEAU E WINNICOTT

Angela Xavier, Sandra Mara Kusiak

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Resumo

A habilidade de comunicar-se nos estágios iniciais da vida do bebê não está apenas relacionada com a aquisição da linguagem verbal propriamente dita, mas também com o desenvolvimento de uma interação com o meio que o cerca, em especial através da comunicação pré-verbal estabelecida na díade mãe-bebê[1]. Dessa forma, este artigo, tem por objetivo elucidar alguns aspectos da comunicação pré-verbal que ocorre na interação dessa díade à luz de contribuições teóricas de Rousseau e Winnicott. No diálogo entre os dois autores, encontram-se pontos de convergência e/ou divergência no que tange as formas de comunicação mãe-bebê, das quais se destaca a realizada através da amamentação e do choro como fatores que influenciam de forma significativa o desenvolvimento do bebê não apenas para a aquisição da linguagem verbal no período da primeira infância, mas também leva a desdobramentos na vida adulta.


[1] Ao utilizar a díade mãe-bebê entendemos como mãe a pessoa que cuidará do bebê, dispensando amor a ele, quer seja mãe substituta (como em Winnicott) quer seja ama de leite (como em Rousseau).



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Referências


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