"(Nappy, kinky and curly) hair up, leading me to leap" amid the ressignification of black women identities in social and organizational contexts

Juliana Schneider Mesquita, Juliana Cristina Teixeira, Caroline Rodrigues Silva
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2020010

Abstract

This article aims to analyze the resignification processes of the black women identities occurring through the so-called transition to natural hair and the way society and organizations have reacted to this resignification. The study contributes to the Organizational Studies field by problematizing identities under construction that pass through various social and organizational spaces that need to be rethought in order to understand this process as much broader than merely aesthetic in the strict sense of this term. The research is qualitative and involved interviews with semistructured scripts with women who have been or are going through the transition to natural hair, whose discursive statements were analyzed through the theoretical-methodological approach of the french discourse analysis. The main results show that the interviewees, when passing through the transition to natural hair, had their identities resignified and such resignification brought relevant changes in their relations in society and in organizations.


Keywords

black woman; identities; transition to natural hair; afro hair; race


Compartilhe


References


Acker, J. (2006). Inequality regimes: gender, class, and race in organizations. Gender & Society, 20(4), 441-464.

Alves, M., & Galeão-Silva, L. (2004). A crítica da gestão da diversidade nas organizações. Revista de Administração de Empresas, 44(3), 20-29.

Ani, M. (1997). Let the Circle Be Unbroken: The Implications of African Spirituality in the Diaspora. New York: Nkonimfo Publications.

Bakhtin, M. (1988). Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec.

Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Barreto, P. J. P., & Rios, R. (2012, junho). Sorria, você está sendo filmado: poder e identidade na sociedade pós-moderna da vigilância. O caso Big Brother. Anais do Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste, Recife, PE, Brasil, 14.

Bendl, R., & Schmidt, A. (2010). From “glass ceilings” to “firewalls”: different metaphors for describing discrimination. Gender, Work and Organization, 17(5), 612-634.

Betiol, M. I. S., & Tonelli, M. J. (1991). A mulher executive e suas relações de trabalho. Revista de Administração de Empresas, 31(4), 17-33.

Bhabha, H. K. (2014). O Local da Cultura. Belo Horizonte: UFMG.

Byrd, A., & Tharps, L. L. (2001). Hair story: Untangling The Roots of Black Hair in America. New York: St. Martin Griffin.

Carmichael, S., & Hamilton, C. V. (1967) Blackpower: The Politics of Liberation in America. New York: Vintage Books.

Carneiro, S. (2003). Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: Ashoka Empreendimentos Sociais; Takano Cidadania (Org.). Racismos Contemporâneos (Cap. 4, pp. 49-58). Rio de Janeiro: Takano.

Carrieri, A. P., Diniz, A. P. R., Souza, E. M., & Menezes, R. S. S. (2013). Gender and work: representations of femininities and masculinities in the view of women Brazilian executives. Brazilian Administration Review, 10(3), 281-303.

Carrieri, A. P., Paes de Paula, A. P., & Davel, E. (2008). Identidade nas organizações: múltipla? fluida? autônoma?. Organizações & Sociedade, 15(45), 127-144.

Carrieri, A. P., Perdigão, D. A., & Aguiar, A. R. C. (2014). A gestão ordinária dos pequenos negócios: outro olhar sobre a gestão em estudos organizacionais. Revista de Administração, 49(4), 698-713.

Carvalho Neto, A. M., Tanure, B., & Andrade, J. O. (2010). Executivas: carreira, maternidade, amores e preconceitos. Revista de Administração Eletrônica, 9(1).

Castells, M. (2006). O Poder da Identidade: A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura (5a ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Conceição, E. B. (2009, setembro). A negação da raça nos estudos organizacionais. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, São Paulo, SP, Brasil, 33.

Conceição, E. B. (2016). Mulher negra em terra de homem branco: mecanismos de reprodução de desigualdades. In: Carrieri, A. de P., Teixeira, J. C., & Nascimento, M. C. R. (Orgs.). Gênero e Trabalho: Perspectivas, Possibilidades e Desafios no Campo dos Estudos Organizacionais (Cap. 9, pp. 277-319). Salvador: EDUFBA.

Coutinho, C. L. R. (2011, julho). A estética e o mercado produtor-consumidor de beleza e cultura. Anais do Simpósio Nacional de História, São Paulo, SP, Brasil, 26.

Crenshaw, K. W. (1989). Demarginalizing the intersection of race and sex; a black feminist critique of discrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. University of Chicago Legal Forum, 1989(1), 139-167.

Crenshaw, K. W. (2005). Féminisme(s): Recompositions et Mutations (Cap. 2, pp. 51-82). (Coleção Cahiers du Genre, n. 39). Paris: L’Harmattan

Cross, E. Y., Katz, J. H., Miller, F., & Seashore, E.W. (1994.) The Promise of Diversity. Burr Ridge, IL: Irwin.

Degob, R., & Palassi, M. P. (2009). Os sentidos da participação dos colaboradores nos projetos e ações sociais dos Correios do Estado do Espírito Santo. Organizações & Sociedade, 16(49), 265-286.

Dubar, C. (1997). A Socialização. Portugal: Porto.

Faria, A. A. M. (2009). Aspectos de um discurso empresarial. In: A. P. Carrieri, L. A. S. Saraiva, T. D. Pimentel, & P. A. G. Souza-Ricardo (Orgs.). Análise do Discurso em Estudos Organizacionais (Cap. 2, pp. 45-52). Curitiba: Juruá.

Fernandes, M. E. R., Marques, A. L., & Carrieri, A. P. (2010). Elementos para a compreensão dos estudos de identidade em teoria organizacional. In: A. P. Carrieri, L. A. S. Saraiva, A. G. Enoque, & P. E. Gandolfi (Orgs.). Identidade nas organizações (Cap. 1, pp. 29-62). Curitiba: Juruá Editora.

Ferreira, J., & Hamlin, C. (2010). Mulheres, negros e outros monstros: um ensaio sobre corpos não civilizados. Revista Estudos Feministas, 18(3), 811-836.

Fleury, M. T. L. (2000). Gerenciando a diversidade cultural: experiências de empresas brasileiras. Revista de Administração de Empresas, 40(3), 18-25.

Flick, U. (2009) Introdução à pesquisa qualitativa (3a ed., p.405). Porto Alegre: Artmed.

Fonseca, M. A. (2011). Michel Foucault e a Constituição do Sujeito. São Paulo: EDUC.

Foucault, M. (1979). Microfísica do poder (4a ed.). Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (1985). História da Sexualidade 1: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (1998). Historia da Sexualidade 2: O Uso dos Prazeres (12a ed., p. 232). Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (1999). A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Foucault, M. (2004). A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: M. Foucault. Ditos

e Escritos V: Ética, Sexualidade e Política (pp. 264-287). Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Gil, A. C. (2008). Métodos E Técnicas De Pesquisa Social (6a ed.). São Paulo: Atlas.

Guimarães, A. S. A. (2006). Depois da democracia racial. Tempo Social, 18(2), 269-287.

Hall, S. (1999). Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.

Hirata, H. (2014). Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, 26(1), 61-73.

Holvino, E. (2010). Intersections: the simultaneity of race, gender and class in organization studies. Gender, Work & Organization, 17(3), 248-277.

hooks, b. (2005, janeiro/fevereiro). Alisando nuestro pelo. La Gaceta de Cuba, (1), 70-73.

Horne, W. A. V. (2007). The concept of black power: its continued relevance. Journal of Black Studies, 37(3), 365-389.

Ipiranga, A. S. R, Lopes, L. L. S., & Souza, E. M. (2016). A experiência estética nas práticas de uma organização gastronômica. Organizações & Sociedade, 23(77), 191-210.

Ituassu, C. T. (2012). O Sentido do Sucesso: Uma Construção Social Made in USA. Tese de doutorado, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, Brasil.

Izquierdo, M. J. (1994). Uso y abuso del concepto de género. In: M. Vilanova (Org.). Pensar las diferencias (Cap. 2, pp. 31-53). Barcelona: Promociones y Publicaciones Universitaruas.

Jere-Malanda, R. (2008). Black women’s politically correct hair. New African Woman, 14-18.

Kelly, E. & Dobbin, F. (1998). How affirmative action became diversity management. American Behavior Scientist, 41(7), 960-85.

Lage, M. L. C., & Souza, E. M. (2017). Da cabeça aos pés: racismo e sexismo no ambiente organizacional. Revista Gestão Social e Ambiental - RGSA, Edição Especial, 55-72.

Lima, V. A. (2004). Cenários de representação da política, CR-P. In: A. A. C. Rubim. (Org.). Comunicação e Política: Conceitos e Abordagens (Cap. 1, pp. 9-40). Salvador: EdUFBA & São Paulo: Editora UNESP.

Malachias, R. (2009). Cabelo Bom, Cabelo Ruim!. (Coleção Percepções da diferença. Negros e brancos na escola, 1a ed., v. 4). São Paulo: Editora Terceira Margem.

Marina P. (2016). Poema Sem Título. São João del Rei, MG: Produção independente

Mattos, P. L. (2011). “Os resultados desta pesquisa (qualitativa) não podem ser generalizados”: pondo os pingos nos is de tal ressalva [versão eletrônica]. Cadernos EBAPE.BR, 9(Edição Especial), 450-468.

Motta, R. (2000). Paradigmas de interpretação das relações raciais no Brasil [versão eletrônica]. Estudos Afro-Asiáticos, (38), 113-133.

Munanga, K. (1998). Teorias sobre o racismo. In: C. A. Hasenbalg, K. Munanga, & L. M. Schwarcz (Org.). Racismo: Perspectivas Para um Estudo Contextualizado da Sociedade Brasileira (Cap. 2, pp. 43-65). (Série Estudos e Pesquisas, v. 4). Niterói: EdUFF.

Munanga, K. (2004). Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil: Identidade Nacional Versus Identidade Negra. Belo Horizonte: Autêntica.

Nascimento, M. C. R., Oliveira, J. S., Teixeira, J. C., & Carrieri, A. P. (2015). Com que cor eu vou pro shopping que você me convidou? Revista de Administração Contemporânea, 19(3a Edição Especial), 245-268.

Nogueira, O. (2007). Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, 19(1), 287-308.

Pinto, N. (2010). Ascensão Social Negra: Do Branqueamento à Solidariedade. Dissertação de mestrado, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.

Rey, F. G. (2005). Pesquisa qualitativa e subjetividade. São Paulo: Pioneira Tomson.

Rosa, A. R. (2014). Relações raciais e estudos organizacionais no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, 18(3), 240-260.

Sansone, L. (1996). Nem somente preto ou negro: o sistema de classificação racial no Brasil que muda. Afro-Ásia, 18(1), 165-187.

Saraiva, L. A. S. (2009). Mercantilização da Cultura e Dinâmica Simbólica Local: A Indústria Cultural em Itabira, Minas Gerais. Tese de doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Saraiva, L. A. S., & Duarte, A. C. O. (2010). Dimensões da identidade em duas organizações do terceiro setor. In: A. P. Carrieri, L. A. S. Saraiva, A. G. Enoque, & P. E. Gandolfi (Org.). Identidade nas organizações (Cap. 4, pp. 107-124). Curitiba: Juruá Editora.

Saraiva, L. A. S., & Irigaray, H. A. R. (2009). Políticas de diversidade nas organizações: uma questão de discurso? Revista de Administração de Empresas, 49(3), 337–348.

Schucman, L. V. (2012). Entre o “Encardido”, o “Branco” e o “Branquíssimo”: Raça, Hierarquia e Poder na Construção da Branquitude Paulistana. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, SP, Brasil.

Senos, J. (1997). Identidade social e auto-estima. Análise Psicológica, 15(1), 123-137.

Silva, H. F. (2011). Definições Sobre a Branquitude. Recuperado em 2 de agosto, 2018, de https://www.geledes.org.br/definicoes-sobre-branquitude/.

Souza, E. M., Junquilho, G. S., Machado, L. D., & Bianco, M. D. F. (2006). A analítica de Foucault e suas implicações nos estudos organizacionais sobre poder. Organizações & Sociedade, 13(36), 13-25.

Strati, A. (1992). Aesthetic understanding of organizational life. Academy of Management Review, 17(3), 568-581.

Teixeira, J. C. (2015). As Artes e Práticas Cotidianas de Viver, Cuidar, Resistir e Fazer das Empregadas Domésticas. Tese de doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Van Dijk, T. A. (1997). Discourse as interaction in society. In: T. A. Van Dijk (Ed.). Discourse as social interaction (Cap. 1, pp. 1-37). London: Sage.

Zanoni, P., Janssens, M., Benschop, Y., & Nkomo, S. (2010). Guest editorial: unpacking diversity, grasping inequality: rethinking difference through critical perspectives. Organization, 17(1), 9-29.

Werneck, J. (2010). Nossos passos vêm de longe! Movimentos de mulheres negras e estratégias políticas contra o sexismo e o racismo. Revista da ABPN, 1(1), 8-17.




Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.