Neoliberalism, neoconservatism and the far-right in Brazil: an anti-inclusion agenda
Full Text:
PDF (Português (Brasil))Abstract
In the contemporary context, with the emergence of far-right governments in Brazil and around the world, this article seeks to understand the factors that enabled the union between neoliberalism, neoconservatism, and the far-right in Brazil and their anti-inclusion policies for minorities, as well as the effect of far-right governments on public policies aimed at the LGBTQIA+ population, black people, and women. This article is a theoretical essay that seeks to advance knowledge on the subject by showing that in times of economic crisis, neoliberal ideology joins forces with neoconservatism and far-right ideas in their search for the recovery of lost economic gains, adhering to an anti-inclusion agenda. However, this anti-inclusion agenda cannot be explained solely through economic elements and to understand this phenomenon at the local level, the structure of domination-exploitation, patriarchy-racism-capitalism present in Brazilian society described in the work of Saffioti (1987) was used. It is concluded that the anti-inclusion policies promoted by the alliance between neoliberalism, neoconservatism and the far right do not only affect minorities, but mainly democracy. Furthermore, the inclusion of minorities will only be effective if it occurs outside the lines of the business logic of the neoliberal system, and that an inclusion agenda in Brazil will only be effective if it destroys the structure of domination-exploitation patriarchy-racism-capitalism and is inspired by forces that are not part of the dominant neoliberalism.
Keywords
References
Almeida, S. L. (2018). Neoconservadorismo e liberalismo. In: E. Solano-Gallego (Org.), O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil. São Paulo: Boitempo.
Alves, M. A. & Galeão-Silva, L. G. (2004). A crítica da gestão da diversidade nas organizações. RAE, 44(3), 20-29.
Amato, B. & Fuchs, J. J. B. (2022). Discursos de ódio de gênero e subjetivação: articulações entre masculinismo e extrema-direita. In: Almeida, F. A. (Org.), Violência e gênero: análises, perspectivas e desafios, 77-92. São Paulo: Editora Científica Digital.
Andrade, D. P. (2019). Crise econômica, crise de representatividade democrática e reforço de governamentalidade. Revista Novos Estudos CEBRAP, 38(1), 109-135.
Aragusuku, H. A.; Lopes, M. (2016). Preconceito, discriminação e cidadania LGBT: políticas públicas em Mato Grosso e no Brasil. Aceno, 3(5), 242-258.
Biroli, F., Machado, M D. C., & Vaggione, J. M. (2020). Introdução: matrizes do neoconservadorismo religioso na América Latina. In: M D. C. Machado & J. M. Vaggione (Orgs.). Gênero, neoconservadorismo e democracia: disputas e retrocessos na América Latina,13-40, São Paulo: Boitempo.
Camacam, S., Ribeiro, L. S., & Pasqualini, J. C. (2019). Mulheres brasileiras face ao avanço do neoliberalismo e da extrema-direita. Lutas Sociais, 23(42), 124-138.
Carvalho, F. A. (2020). Para além de “meninas vestem rosa, meninos vestem azul”: as conjunturas e as ideologias nos novos rumos da educação para os gêneros e as sexualidades. Revista Educação, 45(1), 1-30.
Carvalho, F. A. & Inocêncio, A. F. (2021). O desagendamento da educação para os corpos, gêneros e sexualidades: um projeto neoliberal, um arranjo conservador e as várias pedagogias fascistas. Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação, 23(2), 236-257.
Coelho Júnior, P.J. & Hein, A. S. (2021). Gender, race and diversity: professional trajectories of black businesswomen. Organizações & Sociedade (Online), 28(97), 265-293.
Dardot, P. & Laval, C. (2016). A razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo.
De Souza, E. M., Brewis, J., & Godfrey, R. (2023). Abjection in extremely gendered colonial organizations: Female military firefighter officers in Brazil. Human Relations, 76(9), 1474-1497.
Faoro, R. (2001). Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. Rio de Janeiro: Globo.
Feitosa, C. (2021). Do “Kit Gay” ao “Ministério da Família”: a desinstitucionalização das políticas públicas LGBTI+ no Brasil. Cad. Gên. Tecnol., 14(43), 74-89.
Ferreira, G.G. (2016). Conservadorismo, fortalecimento da extrema-direita e a agenda da diversidade sexual e de gênero no Brasil contemporâneo. Lutas Sociais, 20(36), 166-178.
Ferreti, A. S. Z. & Souza, E. M. (2022). Queer theory and entrepreneurial discourses: gender inequalities and alternative forms of analysis toward Entrepreneuring. Cadernos Ebape.Br, 20(2), 276-288.
Freixo, A. & Pinheiro-Machado, R. (2019). Dias de um futuro (quase) esquecido: um país em transe, a democracia em colapso. In: A. Freixo, A. & R. Pinheiro-Machado (Orgs.). Brasil em transe: bolsonarismo, nova direita e desdemocratização, 9-24. Rio de Janeiro: Oficina Raquel.
Fróes, F. C., Carrieri, A. P., Araújo, C. L., & Leão, M. T. W. (2023). História e cultura da corrupção dos agentes públicos no Brasil: uma leitura transversal das obras de Sérgio Buarque de Holanda, Raymundo Faoro e Darcy Ribeiro. Administração Pública e Gestão Social, 15(1), 1-17.
Gouvea, J. B. & Oliveira, J. S. (2021). Por que branquitudes, por que (somente) agora? Caderno de Administração (UEM), 28(2), 5-14.
Harvey, D. (2008). O neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Edições Loyola, 2008.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). (2023). Políticas sociais: acompanhamento e análise. Brasília.
Irineu, B. A., Oliveira, B. A., & Lacerda, M. C. (2020). Um balanço crítico acerca da regressão dos direitos LGBTI no Brasil sob ascensão do bolsonarismo. In: B. A. Iriney, B. A. Oliveira, & M. C. Lacerda (Orgs), Diversidade sexual, étnico-racial e de gênero: temas emergentes, 98-115. Salvador: Editora Devires.
Junqueira, R. D. (2018). A invenção da “ideologia de gênero”: a emergência de um cenário político-discursivo e a elaboração de uma retórica reacionária antigênero. Revista Psicologia Política, 18(43), 449-502.
Lacerda, I. (2021). As políticas do medo: o significado dos discursos de extrema-direita populista. Cadernos de Comunicação, 25(2), 2-8.
Löwy, M. (2015). Conservadorismo e extrema-direita na Europa e no Brasil. Serv. Soc. Soc., 124, 652-664.
Mattei, C. E. (2022). A ordem capital: como economistas inventaram a austeridade e abriram o caminho para o fascismo. Chicago: Universidade de Chicago Press.
Medeiros, B. N., Castro, G. H. C., & Siqueira, M. V. S. (2022). Ativismo trans e reconhecimento: por uma transcis-rexistência- na política brasileira. Revista Brasileira de Ciência Política, 37, 1-29.
Miguel, L. F. (2021). O mito da “ideologia de gênero” no discurso da extrema-direita brasileira. Cadernos Pagu, 1-14.
Miskolci, R. & Pereira, P. P. G. (2019). Educação e saúde em disputa: movimentos anti-igualitários e políticas públicas. Interface, 23, 1-14.
Motta, D. C. & Bezerra, E. M. (2021). A força de Heleieth Saffioti 50 anos depois. Revista Estudos Feministas, 29(1), 1-8.
Mouffe, C. (2003). Democracia, cidadania e a questão do pluralismo. Política e Sociedade, 2(3), 11-26.
Polese, P. (2020). Machismo, racismo, capitalismo identitário: as estratégias das empresas para as questões de gênero, raça e sexualidade. São Paulo: Hedra.
Pompeu, S. L. E & Souza, E. M. (2019). A discriminação homofóbica por meio do humor: naturalização e manutenção da heteronormatividade no contexto organizacional. Organizações & Sociedade (ONLINE), 26(91), 645-664.
Saffioti, H. I. B. (1987). O poder do macho. São Paulo: Moderna.
Safioti, H. I. B. (2013). Mulheres na sociedade de classes: mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular.
Scott, W. R. (2001). Institutions and organizations: ideas and interests. Los Angeles: Sage Publications.
Severo, D. O. (2020). Impactos da ascensão dos movimentos de extrema-direita sobre os Direitos Humanos no contexto do Brasil: uma proposta de matriz de análise. Revista Eletrônica Interações Sociais, 4(1), 14-29.
Silva, E. L. S. (2021). Neoconservadorismo e ofensivas antigênero no Brasil: a mobilização da “Ideologia de Gênero” e a produção de LGBTfobias no governo Bolsonaro. Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 4(14), 331-363.
Siqueira, M. V. S., Medeiros, B. N., Silva, D. W. G., & Castro, G. C. (2022). Cidadania sexual nas organizações contemporâneas: provocações acerca da ascensão do imaginário político conservador e a adesão ao ideário neoliberal entre pessoas não heterossexuais. Gestão e Planejamento, 23, 235-249.
Souza, E. M., Bianco, M. F., & Maratins-Silva, P. O. (2016). Análise arqueológica das estratégias utilizadas por homossexuais no trabalho bancário. Farol - Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 3(6), 12-59.
Souza, E. M. & Carrieri, A. P. (2015). When invisibility is impossible: body, subjectivity, and labor among travestis and transsexuals. SAGE Open, 5(2), 1-11.
Souza, D. K. R. & Fonseca, R. P. O. (2017). Tendências das políticas sociais para LGBT e mulheres no Brasil. In: Jornada Internacional Políticas Públicas, 8, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil,
Teixeira. C. (2020). Brazilian Housemaids and Covid-19: how can they isolate if Domestic Work stems from Racism? Gender Work And Organization, 28(S1), 250-259.
Teixeira, J. C., Carrieri, A. P., & Souza, E. M. (2020). Nostalgia for enslavement relations in discourses about (but not from) housemaids. Cadernos Pagu, 58, 1-45.
Vilaça, M. (2019). Uma leitura de O poder do macho, de Heleieth Saffioti. Lutas Sociais, 23(43), 319-321.
Wodak, R. (2015). The politics of fear: what right-wing populist discourses mean. London: Sage Publications Ltd.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.