Risco versus retorno das ações do setor imobiliário da BM&FBOVESPA no período de 2009 a 2012

Bruna Ciganha Gaspar, David Ferreira Lopes Santos, Santiago Valcacer Rodrigues
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2014021

Texto completo:

Artigo

Resumo

Este estudo analisou o desempenho de 16 empresas do setor imobiliário com ações na BM&FBOVESPA no período de 2009 a 2012. A importância deste setor para a economia do país e a recente entrada destas empresas no mercado de capitais exige que estudos desta natureza contribuam no melhor entendimento da relação risco e retorno destas firmas. Para tanto, foram aplicados à amostra medidas estatísticas de avaliação e modelos quantitativos de desempenho baseados no CAPM, Índice de Sharpe, Índice de Treynor, Information Ratio, Alfa de Jensen e Índice de Modigliani & Modigliani. Os resultados mostram que a empresa Helbor foi a melhor opção de investimento, pois apresentou a melhor performance com base em 04 dos 06 índices analisados, outras cinco empresas apresentaram resultados superiores ao setor nos índices de desempenho. Foi possível, ainda, selecionar um portfólio diversificado com cinco ativos da amostra onde o desempenho desta carteira foi superior aos ativos individuais. Deste modo, avalia-se que o período analisado foi favorável às empresas do setor imobiliário, pois a performance média das empresas superou o índice da bolsa. Em adição, conseguiu-se criar uma carteira diversificada, em função dos segmentos distintos que o setor congrega (construção, incorporação e gestão de empreendimentos).

 


Palavras-chave

Risco; Retorno; Desempenho; Setor Imobiliário


Compartilhe


Referências


Amaral, G. H. O., & Iquiapaza, R. A. (2013). Rentabilidade e desempenho de ações de empresas socialmente responsáveis. ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, 4(2), 61-81.

Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais. (2014). Fundos de investimentos imobiliários. Recuperado em 16 maio, 2014 de http://portal.anbima.com.br/informacoes-tecnicas/estatisticas/fundos-de-investimento-imobiliario/Pages/estatisticas.aspx.

Araújo, E. A. T., Oliveira, V. C., & Silva, W. A. C. (2012). CAPM em estudos brasileiros: uma análise da pesquisa. Revista de Contabilidade e Organizações, 6(15), 95-122.

Aretz, K., & Shackleton, M. B. (2011). Omitted Debt Risk, Financial Distress and the Cross-Section of Expected Equity Returns. Journal of Banking & Finance, 35(5), 1213–1227.

Assaf, A., Neto. (2005). Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas.

Balbás, A., Balbás, B., & Balbás, R. (2010). CAPM and APT-Like Models With Risk Measures. Journal of Banking & Finance, 34(6), 1166–1174.

Bali, T. G. (2008). The Intertemporal Relation Between Expected Returns and Risk. Journal of Financial Economics, 87(1), 101–131.

BM&FBOVESPA (2013a). Índice BM&FBOVESPA Imobiliário (IMOB): metodologia completa. Recuperado em 8 agosto, 2013 de .

BM&FBOVESPA (2013b). Ibovespa: metodologia completa. Recuperado em 8 agosto, 2013 de http://www.bmfbovespa.com.br/Indices/download/ IBovespa.pdf.

Casaccia, M. C., Galli, O. C., Leitão, C., & Macêdo, G. R. (2011). Análise do desempenho de fundos de investimentos: um estudo em ações brasileiras no período de janeiro de 2004 a agosto de 2009. Revista Organizações em Contexto, 7(13), 1-30.

Ceretta, P. S., & Milani, B. (2012) Avaliação da performance de fundos de Investimento: a história do pensamento atual. Revista Estudo & Debate, 19(1), 91-112.

Ceretta, P. S., Righi, M. B., & Silveira, V. G. (2012). Análise de desempenho financeiro setorial no mercado brasileiro. Revista Estudos do CEPE, 36, 252-272.

Chevapatrakul, T. (2013) Return sign Forecasts Based on Conditional Risk: Evidence from the UK stock market index. Journal of Banking & Finance, 37(7), 2342–2353.

Corrêa, A. C., & Souza, A. B. (2001). Fronteira Eficiente de Markowitz: Aplicação com ativos brasileiros. Adcontar, 2(1), 7-10.

Cvitanic, J., Lazrak, A., & Wang, T. (2008). Implications of the Sharpe Ratio as a Performance Measure in Multi-period Settings. Journal of Economic Dynamics & Control, 35(2), 1622–1649.

Darrat, A., Li, B., & Park, J. C. (2011). Consumption-based CAPM Models: International Evidence. Journal of Banking & Finance, 35(8), 2148–2157.

Guo, H. (2006). Time-varying Risk Premia and the Cross Section of Stock Returns. Journal of Banking & Finance, 30(7), 2087–2107.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2011). Comunicados do IPEA: O planejamento da habitação de interesse social no Brasil: desafios e perspectivas. Recuperado em 10 maio, 2013 de http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/111025_comunicadoipea118.pdf.

Jagannathan, R., & Wang, Z. (1996). The Conditional CAPM and the Cross-Section of Expected Returns. The Journal of Finance, 51(1), 3-53.

Jahan-Parvar, M. R., & Mohammadi, H. (2013). Risk and Return in the Tehran stock Exchange. The Quarterly Review of Economics and Finance, 53(3), 238-256.

Jensen, M. C. (1967). The Performance Of Mutual Funds In The Period 1945-1964. Journal of Finance, 23(2), 389-416.

Lambert, M., & Hübner, G. (2013). Comoment Risk and Stock Returns. Journal of Empirical Finance, 23, 191-205.

Ledoit, O., & Wolf, M. (2008). Robust Performance Hypothesis Testing with the Sharpe Ratio. Journal of Empirical Finance, 15, 850–859.

Lintner, J. (1965). Security Prices, Risk, and the Maximal Gains from Diversification. Journal of Finance, 20(4), 587–615.

Luenberger, D. G. (1998) Investment Science. New York: Oxford University Press.

Markowitz, H. M. (1952). Portfolio Selection. The Journal of Finance, 7(1), 77-91.

Mencía, J. (2012). Assessing the Risk-Return Trade-off in Loan Portfolios. Journal of Banking & Finance, 36(6), 1665-1677.

Modigliani, F., & Modigliani, L. (2005). Risk - Adjusted Performance. In: Modigliani, F. The Collected Papers of Franco Modigliani. v.6. (pp. 289-303). Cambridge (MA): The MIT Press.

Moreira, A. P., & Moita, D. G. S. (2001). Avaliação de Performance de Carteiras Otimizadas: uma abordagem prática da Teoria de Markowitz. Anais do Seminários em Administração – FEA/USP, São Paulo, SP, Brasil, 5.

Mota, R. R. (2013). A evolução do mercado de fundos de investimento imobiliários no Brasil no período de 1994 a março de 2013 e a utilização dessa alternativa de investimento para o investidor pessoa física no Brasil. Dissertação de Mestrados, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

Muller, A., Valle, B., Milman, M., & Cambaúva, G. (2012). Entendendo os fundos de investimento imobiliário – Produtos estruturados – Fixed Income Research. [Manual]. São Paulo: Banco BTG Pactual.

Nogueira, S. G., Ribeiro, K. C. S., & Silva, B. A. (2011). O. Aplicação prática do Índice de Sharpe na determinação de um portfólio ótimo de ativos. Anais do Seminários em Administração – FEA/USP, São Paulo, SP, Brasil, 14.

Oliveira, E. C., Filho (2008). Desempenho de Fundos de Investimentos em Ações Brasileiras. Dissertação de Mestrado, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, Brasil.

Perold, A. F. (2004). The Capital Asset Pricing Model. Journal of Economic Perspectives, 18(3), 3-24.

Rocha, A. (2013). Análise de ações: os desafios e como superá-los. Revista Eletrônica Valor Econômico S.A. São Paulo, 2013. Recuperado em 10 agosto, 2013 de .

Shanken, J. (1982).The Arbitrage Princing Theory: Is it Testable? The Journal of Finance, 37(5), 1129-1140.

Sharpe, W. F. (1964). Capital Asset Prices: A Theory of Market Equilibrium under Conditions of Risk. The Journal of Finance, 19(3), 425-442.

Tang, G. Y. N., & Shum, W. C. (2004). The Risk–Return Relations in the Singapore Stock Market. Pacific-Basin Finance Journal, 12(2), 179-195.

Treynor, J. L. (1962).Toward a Theory of Market Value of Risky Assets”, Unpublished manuscript. A final version was published in 1999, in Asset Pricing and Portfolio Performance: Models, Strategy and Performance Metrics. Robert A. Korajczyk (editor) London: Risk Books, pp. 15­22, 1962.

Treynor, J., & Mazuy, M. (1966). Can mutual funds outguess the market? Harvard Business Review, 44, 131-136.

Treynor, J., & Black, F. (1973). How to Use Security Analysis to Improve Portfolio Selection. Journal of Business, 46(1), 66-86.

Varga, G. (2001). Índice de Sharpe e Outros Indicadores de Performance Aplicados a Fundos de Ações Brasileiros. Revista de Administração Contemporânea, 5(3), 215-245.

Zakamouline, V., & Koekebakker, S. (2009). Portfolio Performance Evaluation with Generalized Sharpe Ratios: Beyond the mean and variance. Journal of Banking & Finance, 33(7), 1242–1254.




Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.